25 fevereiro, 2013

Dica ecológica: participe

Aproveitando a onda de atualizações que o blog voltou a ter, vou retomar a seção de dicas ecológicas uma vez por semana, pois é um assunto que me interessa muito e sempre vale à pena compartilhar.

Bem... então a dica de hoje é participar do dia a dia das empresas, quer seja enviando sugestões ou reclamando. Segundo a Akatu, um dos princípios do Consumo Consciente (veja os 12 princípios aqui) é “contribuir para a melhoria de produtos e serviços enviando às empresas sugestões e críticas sobre seus produtos e serviços”.

Reparem que não é mesmo que falar mal por falar ou fazer das redes sociais um muro de lamentações. É partir do princípio de que se eu não digo que passou algo de errado comigo, a empresa não terá como adivinhar que o seu produto ou serviço apresenta problemas.

Um exemplo: Certo dia, em Lisboa, eu tentei comprar uma coca-cola naquelas máquinas automáticas que tem em algumas estações do metrô. Coloquei a moeda de 1 euro e o refrigerante ficou emperrado. Quem nunca? Eu poderia ter chutado a máquina, xingado os donos da coca-cola ou simplesmente ter deixado para lá, afinal era “só” 1 euro.

Na máquina havia um número de telefone, que resolvi entrar em contato no mesmo instante, informando o que havia acontecido. O atendente disse que um técnico iria ao local e que o meu dinheiro seria devolvido. Depois de uns dias, recebi em casa um cheque nominal no valor de 1 euro.


Esse é um exemplo mais simbólico, afinal 1 euro não deixa nenhum empresário pobre, mas se todos que tem as suas moedas emperradas nas máquinas automáticas começarem a fazer o mesmo, uma hora alguém na empresa vai questionar a emissão de tantos cheques de 1 euro e aí vai fiscalizar melhor o serviço de manutenção.

É um círculo.

* Atualização: No título original eu tinha usado a palavra “reclame”, mas depois de conversar com alguns amigos sobre o post, vi que o verbo mais adequado é “participar”, que aí inclui reclamações, sugestões etc.

18 fevereiro, 2013

A nossa própria companhia

Eu sou uma pessoa que gosta muito de estar rodeada de pessoas, principalmente daquelas que me fazem bem. Uma coisa que faço desde sempre é juntar os amigos de diferentes grupos e, quando vejo, eles se tornaram amigos também. Do mesmo jeito, sou craque em adotar os amigos dos amigos.

Agora uma coisa que talvez poucos saibam é que eu também adoro ficar sozinha. Mais do que gostar, eu necessito de um tempo só para mim. Pode ser para folhear um livro, para pintar as unhas eu mesma, arrumar o meu armário, escrever no diário, ver um filme despretensiosamente, não importa. O fato é: quando os convívios sociais começam a ficar muito intensos, invariavelmente eu preciso pisar no freio, respirar e me permitir um tempo só para mim, ainda que isso signifique recusar algum convite.

Nunca tive problemas em ir ao cinema, ao museu, a um espetáculo, almoçar ou mesmo conhecer um lugar novo sozinha. Proporciona um prazer diferente do prazer que seria fazer a mesma coisa acompanhada, mas para mim, ficar na minha própria companhia não é o monstro do armário que eu sei que é para muitas pessoas. Para mim, esses momentos são a minha terapia, quando me conheço melhor e consigo ter insights que não teria de outra maneira.

Quando a Paula Abreu, do My better life, publicou o vídeo abaixo, me senti um personagem de desenho animado, porque uma nuvem de coraçõezinhos simplesmente explodiu sobre a minha cabeça. É um vídeo lindo, leve e com uma mensagem mais que verdadeira: alone is okay.

13 fevereiro, 2013

Ouça o que a sua mãe diz

Eu não sei vocês, mas quando eu era adolescente, tudo o que a minha mãe ou as minhas irmãs me diziam, eu fazia ao contrário. Nunca cheguei a ser uma filha rebelde, daquelas que dá milhões de problemas aos pais. Mesmo assim... certas coisas – muitas coisas, na verdade – eu não fazia de jeito nenhum.

Ouvir Roberto Carlos, por exemplo, era o maior absurdo do mundo. Daí hoje em dia, sempre que chega o dia do especial de Natal dele na Globo, eu tenho que processar a informação de que muitos dos meus amigos são fãs assumidos do Robertão. Pior: tenho que admitir o fato de que não é que eu não goste dele, eu só não ouvia porque era o cantor preferido da minha mãe.

Outro exemplo: sempre tive problema com queda de cabelo. Sempre. Donana, solícita, volta e meia aparecia com soluções novas para resolver isso. Loções de jaborandi, levedo de cerveja em pílulas entre outras coisas. Nunca fiz muito caso, principalmente depois de ter lido que dermatologistas consideravam normal a queda de até 50 fios por dia (não que alguma vez eu tenha contado... vale ressaltar).

O tempo passou, me tornei adulta e inventei de adotar um estilo de vida mais natureba, com atitudes do tipo comer menos carne, trocar alimentos refinados por integrais e biológicos, comprar produtos amigos do ambiente etc. No meio do caminho, com um pouco menos de cabelo a cada dia, o que me aparece? Levedo de cerveja como complemento alimentar para vegetarianos.

O lado bom disso é que agora me custa menos dar o braço a torcer e reconhecer que Donana estava certa. Aliás, como todas as mães, ne? Impressionante como elas sempre têm razão =)

10 fevereiro, 2013

A vida e os seus ciclos

O feriado de carnaval chegou com a notícia de que um antigo colega de trabalho e grande amigo faleceu. Cada vez que recebo esse tipo de notícia paro para pensar no quanto a vida é frágil e o quanto é importante fazermos aquilo que é preciso, aquilo que nos faz bem HOJE, já que o amanhã não está garantido para ninguém.

No mesmo dia, li a seguinte frase: “Precisão toma tempo. Mas vale à pena”. Precisão no quê?, alguém perguntou. “No agora”, foi a resposta. Ou seja...

Seguramente, o jornalismo cultural brasileiro ficou mais pobre com a perda de Geraldo Galvão Ferraz, o Kiko. Mas entre ficar triste com a sua partida, eu prefiro ficar feliz por ter tido a oportunidade de conviver com alguém que fez parte ativa da história do Brasil. Dos poucos meses que trabalhamos juntos, ficam as lembranças da sua grande gentileza, dos longos happy hours às sextas-feiras, o livro do Fernando Pessoa e a recordação do bon vivant que ele sabia ser como ninguém. 

Update: Aqui a nota sobre ele que foi publicada no obtuário da Folha de S. Paulo.

08 fevereiro, 2013

Uma década

Nosso aniversário de casamento civil foi há menos de um mês, como contei aqui. Hoje, dia 8 de fevereiro de 2013, é uma data igualmente especial para Marido e eu. Hoje completamos nossa primeira década juntos, desde que demos nosso primeiro beijo.

Pode parecer bobo ou excessivamente romântico fazer esse tipo de comemoração, mas eu acho que relembrar o que nos uniu nos ajuda a manter o foco no que realmente importa na relação, que é o amor, a parceria, a amizade, o respeito e a alegria.

10 anos felizes

Ao fazer essa montagem – achando que seria super fácil eleger apenas uma foto para cada ano – fiz uma longa e feliz viagem no tempo. É tão bom ver como se fosse um filme a nossa própria história, não é? As nossas conquistas, como crescemos, como amadurecemos para algumas coisas e continuamos crianças para tantas outras, todas as dificuldades que passamos e superamos, os amigos a nossa volta e a família sempre unida, independente do oceano que nos separa.

E sabem o melhor de tudo? Isso é só o começo :-) Se os próximos dez anos forem metade do que foi essa primeira década eu já serei imensamente grata ao universo por tantas oportunidades especiais que Marido e eu estamos tendo o privilégio de viver. 

06 fevereiro, 2013

A volta ao mundo em um dia

Ou: Inspirações de viagens para uma vida inteira :p

As duas opções de título para esse post é por causa da Fitur, a Feira Internacional de Turismo, que aconteceu em Madrid na semana passada, durante cinco dias seguidos. O evento reuniu em oito pavilhões mais de 9 mil empresas, com representantes de cerca de 170 países. Em outras palavras: um prato cheio para viajar pelos cinco continentes, tirar dúvidas, fazer perguntas, buscar informações, conhecer melhor os atrativos dos destinos e buscar inspiração para qualquer tipo de viagem: praia, montanha, neve, selva, luxo, cruzeiro, acampamento. Tudo, tudo, tudo.

Marido, eu e um casal de amigos caminhamos pelos pavilhões por mais de quatro horas, viajando pelas paisagens da Islândia, Escócia, Irlanda, Rússia, Polônia, Espanha, Índia, países árabes, África, Canadá, Peru, Brasil, aliás, o pavilhão dedicado à América estava uma animação só, com batucada brasileira, danças mexicanas e músicas típicas de praticamente todos os países latinos.

Com certeza ficou um montão de coisas por ver... como o tempo era curto e as opções eram tantas, nos concentramos em visitar os stands de países que estão nas nossas listas de desejos antes que o cansaço batesse. Em cada um pegamos mapas, sugestões de roteiros, informações úteis como qual a melhor época para ir etc.

Voltamos para casa com uma sacola cheia de panfletos, revistas e guias e com a cabeça repleta de planos para pelo menos as próximas vinte viagens.

Informações e mapas do próximo destino garantidos